Maturidade ativa: como garantir qualidade de vida na terceira idade
Ver todas as notíciasLentes (mais precisamente, lupas) são uma invenção antiga: nas ruínas da cidade assíria de Nínive, às margens do rio Tigre – onde hoje está a periferia de Mossul, no Iraque –, foram encontradas pedras translúcidas e arredondadas que eram usadas para ampliar textos em 609 a.C.
Em 54 d.C., o historiador Plínio relatou que Nero governava Roma com auxílio de lentes de esmeralda, sustentadas por um anel no dedão. A ideia de apoiar as lentes no nariz, em vez de segurá-las com as mãos, só veio muito depois – obra de artesãos anônimos dos arredores da cidade de Pisa, na Itália, por volta de 1290.
Sabemos disso graças ao registro um sermão proferido em 1306 por um clérigo popstar da época, o frei Giordano do castelo de Rivalto: “Ainda não faz 20 anos que se descobriu a arte de fazer óculos, que tornam a visão melhor, uma das melhores artes e mais necessárias do mundo”, disse Giordano aos fiéis.Os eruditos da época, em geral associados à Igreja Católica, se tornaram fãs do acessório. É de se imaginar a falta que faziam óculos para pessoas mais velhas, que liam manuscritos em ambientes escuros com auxílio de velas.
Os óculos dessa época, porém, não possuíam hastes como as das armações atuais – a primeira menção a elas só viria 500 anos depois, em um catálogo de 1730 fornecido pelo oculista Edward Scarlett a Jorge II, rei da Inglaterra.
As hastes de Scarlett, curtinhas, serviam para apoiar os óculos nas têmporas, e não nas orelhas. Óculos do jeitinho que a gente conhece, em que o apoio nas orelhas é mais importante que o do nariz, só se tornaram comuns no final século 19.
Fonte: Superinteressante
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